sexta-feira, 18 de julho de 2008

Agora, curta!





Entre diretores, produtores e editores, pouco mais de dez estão trabalhando no projeto. Um programa fixo, na grade da emissora de televisão de maior audiência, para incentivar o mercado audiovisual de Pernambuco. Estréia neste domingo, na Globo Nordeste, Agora Curta.

Já estão produzidos 41 programas, em parceria com a Luni Produções. Na apresentação da atriz Hermila Guedes, estarão vídeos genuinamente pernambucanos, mostrando as realizações de gente nova no circuito ou prestigiando profissionais premiados. No roteiro da atração, entrevistas também têm espaço.

As boas notícias, segundo me relatou o diretor de programação da Globo Arísio Coutinho Filho:

1. Em uma segunda etapa, o Agora Curta realizará concurso para revelar novos talentos;
2. Por enquanto, a transmissão é para os telespectadores de Pernambuco, mas, a expectativa é de abranger em outro momento todo o Nordeste.

Não imaginem que cá estou eu fazendo uma mera propaganda. Mas é que não se pode deixar de elogiar iniciativa como essa, que se junta à outra já existente na TV Universitária, com o programa Curta Pernambuco, que vai ao ar aos domingos, às 19h.

Se na teoria sabemos que é dever dos meios de comunicação ser transmissores de cultura, na prática, está bem clara a notória falta de comprometimento da maioria deles. O que vem dominando as programações, de um modo geral, são produtos duvidosos, material só de consumo fácil mesmo, sem conteúdo de peso. E, acredito, não é esse o propósito da novidade da Globo Nordeste.

Além do mais, é uma ótima oportunidade de nos vermos na telinha. É o regional tendo força numa grade tão fechada como a global. Também é vitrine e oportunidade de trabalho para muita gente talentosa. Quer mais? O primeiro Agora Curta apresenta, logo após o Lance Final, o documentário “O mundo é uma cabeça” (2004), que traz a história do movimento Manguebeat e, claro, de seu mentor Chico Science.

Agora, curta! E vamos ver no que vai dar.

P.S: Só achei meio tarde...

2 comentários:

Anônimo disse...

Iniciativas como essas são interessantes porque podem fazer com que muitos cineastas não se limitem a discussões burocráticas acerca de portarias, editais; o pedantismo de suas preferências; a técnica das produções e falem mais sobre cinema. Mais: Recife, é uma cidade, tenho a irônica impressão, que possui mais artistas que público. Curiosamente ninguém quer ser público. Arte precisa de público. Muitas vezes é melhor ser público bem formado que um artista medíocre, motivado pela carência de ser observado.

Moderninho Ultrapassado disse...

Iniciativas como essas são interessantes porque podem fazer com que muitos cineastas não se limitem a discussões burocráticas acerca de portarias, editais; o pedantismo de suas preferências; a técnica das produções e falem mais sobre cinema. Mais: Recife, é uma cidade, tenho a irônica impressão, que possui mais artistas que público. Curiosamente ninguém quer ser público. Arte precisa de público. Muitas vezes é melhor ser público bem formado que um artista medíocre, motivado pela carência de ser observado.